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PSCP - Projeto Social Casa Própria

Histórico


Com o objetivo de amparar famílias desabrigadas, que estejam vivendo debaixo de pontes, viadutos e barracas de lona, nasceu o PROJETO SOCIAL CASA PRÓPRIA.

O que inicialmente era o sonho de alguns, tornou-se realidade pelas mãos de mais de 500 pessoas que até setembro de 2002 se associaram ao Projeto por comungarem com o seu ideal.

A idéia original era de formação de um grupo de cem pessoas, que contribuindo com R$ 10,00 cada uma, fosse atingida a cifra de R$ 1.000,00 por mês, o que permitiria que a cada cinco meses uma casa pudesse ser entregue e uma família abrigada. O projeto ganhou corpo, o que permite que os sonhadores vislumbrem possibilidades que vão muito além das imaginadas originalmente.

Sem ideal político partidário nem fundamentação religiosa, o Projeto Social Casa Própria se tornou uma Associação formal. Os que abraçaram a causa se realizam no sorriso e no choro de emoção e esperança das famílias contempladas pelo Projeto.

Por não fazer parte do nosso cotidiano torna-se difícil vislumbrar como as necessidades mais básicas se tornam objeto de sacrifício quando não se possui o mínimo necessário para viver dignamente. Mas é preciso refletir sobre as pessoas que vivem debaixo de pontes, viadutos e cobertas de lona, para entender as suas alegrias, frustrações, necessidades, sonhos, expectativas; como convivem com o medo, a insegurança, a ausência de privacidade, a aceitação de desigualdade social e do pressuposto de que foi apenas um azar ter nascido pobre e que deve aceitar sua condição e lutar brava e honestamente para superá-la. É muito nobre pensar assim, mas é mais fácil quando se está do lado de cá.

Estamos motivados e determinados a desenvolver o projeto, procurando aliviar a carga imposta aos menos favorecidos e, na medida do possível, proporcionar-lhes oportunidades de superação das suas dificuldades sociais. Lembremos que "a união faz a força" e que unidos poderemos dar um pouco de dignidade e esperança a quem a vida tem negado oportunidades.
No mês de outubro de 2002 o Projeto Social Casa Própria comemorou seu primeiro aniversário, pois foi em outubro de 2001 que aconteceu o lançamento da idéia do projeto.

Juntos pudemos modificar a vida de algumas pessoas, na verdade de 31 das que viviam em condições miseráveis debaixo de cobertas de lona e papelão, às vezes sob fios de alta tensão, noutras ao lado de esgotos. Não se enxergava reais perspectivas de mudança de vida para estas pessoas.

Com um pouco de cada um de nós, realizamos as operações da matemática da solidariedade e aprendemos que nesta matéria a soma de esforços diminui a indiferença, multiplica os resultados e divide entre todos a alegria das conquistas.

Se tivéssemos ficado parados, a manicura Conceição não estaria empregada em um dos melhores salões de beleza da cidade, nem estaria vivendo dignamente com seus filhos em uma casa de alvenaria composta de quarto, sala cozinha e banheiro decente, quintal e mobiliada com camas, fogão, geladeira, sofá, telefone e uma pequena televisão.

O casal Fernando e Ivonete e seus cinco filhos estariam até hoje dormindo em cima de papelão rasgado, não possibilitando nenhum futuro para o Guilherme, a Bruna, o Iogo, o Igor, a Débora e ao filho que estão esperando. Estas crianças, tão dóceis e bonitas, sempre estamparam no rosto um olhar de sofrimento que aos poucos estão cedendo lugar a sorrisos e a um brilho no olhar que só vendo para acreditar.

A lavadeira Ivanete, mulher de 34 anos, mãe de seis filhos, abandonada pelo marido antes do nascimento da 6ª. Criança, está com uma aparência remoçada. Ainda enfrenta muitas dificuldades já que não possui emprego fixo nem qualificação profissional que lhe permita melhores oportunidades, mas se apóia em uma referência real, um endereço digno, uma estrutura física que lhe permite sair para trabalhar certa de que os filhos ficarão bem.

O Waldomiro e a Maria Luíza possuem ocupação, ela em uma granja, ele como servente de pedreiro. Pode melhorar, mas já é o início. Juntos o casal já possui condições de sustentar seus cinco filhos.

A Eunice demonstra uma vitalidade muito grande e, assim como a família do Fernando e Ivonete, não apresenta as marcas agressivas da miséria em que viviam. Possui ocupação e nos parece forte o suficiente para superas suas dificuldades.

O servente de pedreiro Giliard, sua jovem esposa Marli e o filho recém nascido do casal, foram os últimos contemplados pelo projeto em 2002. Rogamos a Deus pela felicidade da jovem família.

Neste início de 2003, revendo o que foi possível realizar durante o ano que passou, as casas construídas, as famílias contempladas, os mais de 600 associados, o convênio com a CEMIG, o reconhecimento das entidades, as doações recebidas, a boa vontade das pessoas, o apoio recebido, tudo isto nos emociona e nos leva a, humildemente, agradecer a Deus por nos dar oportunidade de ser instrumento de suas obras de transformação social.

A inquietação que temos frente ao quadro social que se apresenta em quase todo o país é combustível que nos move e nos motiva a continuar o trabalho. O debate franco e honesto com os mais próximos direciona as nossas ações.

O que fizemos nós, associados ao PSCP, parece pouco. Foram apenas seis casas entregues até março/2003, frente a uma demanda de milhares, contudo é um começo. Mais que isto: é um indicador de que a união realmente faz a força, faz a diferença e, se continuarmos nesta direção, certamente obteremos resultados expressivos.


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